Ao que parece tenho dois Napoleões na família e não sabia.
Um é silencioso, astuto, estratega, acha-se muito perspicaz, ardiloso. Não falo com ele há anos, nem tampouco me apetece.
O outro tem o mesmo tamanho do Napoleão original, o corso. Tinha-o em boa conta até há bem pouco tempo, mas dados os últimos acontecimentos, revelou-se ser pior do que o primeiro: mostrou-se um verdadeiro "sacaninha" manipulador. 
Os dois irmãos Napoleões não falaram entre si durante anos a fio. A mulher que os pôs ao mundo ficou doente e foi preciso chamá-los à razão para reatarem, para começarem a falar um com o outro, para começarem a serem parte activa nos cuidados da progenitora.
Mal nós sabíamos que esta união inesperada iria causar mossa, tristeza, frustração, indignação, revolta.
E porquê? Dinheiro. Sempre o dinheiro
Mais uma vez os pormenores não interessam.
No fundo, os três, a mãe e os dois filhos, vieram a este mundo para tentar consertar a respectiva relação, para encontrar harmonia entre os três. O que eu não contava era que este "duo dinâmico" fosse a causar tantos estilhaços para este lado da família que sempre cuidou essa mulher de forma amorosa e desinteressada.
Confusos? Eu também.
Parece que às vezes estou a viver um daqueles filmes noir dos anos 50, com actores sofríveis de 2ª linha, cheio de tramas complexos e "anti-heróis".
O que eu queria mesmo era uma bela "femme fatale" que varresse estes dois Napoleões fajutos para fora de cena outra vez.
