segunda-feira, outubro 17, 2016

Fogo

Escrevi a palavra "fogo" para a monódia na qual estou a trabalhar há cerca de oito meses. Ia no metro. O jovem que estava sentado à minha frente a ler (creio que era o "Siddhartha" do H. Hesse)
começou a arder numa espécie de combustão espontânea. Tentei riscar a palavra, em puro desespero, mas já era tarde de mais. Uma coisa horrorosa. Ninguém reparou no facto, apenas eu (ou então fizeram de conta). Mas, para meu grande espanto, o livro ficou inteiro, no chão. Não ardeu. Mais um sinal.