segunda-feira, junho 23, 2008
As maiko mais novas
podem fazer estragos irreparáveis
nos jovens amantes que
esperam ser colhidos
da terra.
O ardor das mais viciosas
pode mesmo matar
os futuros companheiros
que as ajudarão
a ser geishas.
As mais velhas
humedecem o indicador
e o anelar na língua
das companheiras
para depois esgadanhar
a terra prenhe e escura.
Esperam pacientemente
que o sol se levante.
Sabem que
as árvores de sombra
leitosa guardam
os melhores amantes
debaixo das raízes.
Os velhos da aldeia
observam-nas
das colinas
com as lunetas telescópicas
que os nanbam-jin,
os «bárbaros do sul»,
deixaram na ilha
como prova
das suas boas intenções.