domingo, novembro 12, 2017

Um dia de sol

Tudo aponta que amanhã seja mais um belo dia de sol.
Vou deixar a minha camisa de forças em casa e vou usar e abusar do meu monoquíni prateado pela praia fora. 
Talvez me esfregue com algas para limpar a minha pele de macho alfa e apanhe alguns bivalves. 
Talvez comunique com traques com os velhotes que estão no meio das rochas e através de um incrível fartstorm encontremos a cura para o cancro da próstata. 
Talvez até seduza algumas senhoras que passeiam os cãezinhos e me envolva em maratonas de sexo (sem os cãezinhos) e acabe nas urgências, todo amassado. 
Apelo a todos os comerciais, negros, professores, pediatras, gestores de conta, filipinos, serventes, marceneiros, alferes milicianos, white trash, designers, torneiros mecânicos, etc a fazerem o mesmo. Insurjam-se contra o sistema, carago. Viram o que fizeram no Pantagruel..., desculpem no Panteão? Clap, clap. É isso! Façam o mesmo, mas melhor! Comam onde lhes der na real gana! Façam amor incondicional nas nossas belas praias antes que cobrem a entrada! Dunas são como divãs. Big Bang Beaches. Façam corar o John Holmes e a Traci Lords (sim, deixei de ver porno há algum tempo. Isto é rigorosamente verdade). Se morarem longe da praia, em vez de incêndios, façam sexo desenfreado nas bouças, nas matas, nos pinhais. Enquanto o fazem, não deixem de escutar o chilrear dos passarinhos, deixem-se observar pelas raposas-vouyeurs, deliciem-se com as cores dos gaios e das pegas rabudas. Quero ver camaleões uns em cima dos outros.
Bom. Se forem impotentes ou frígidas, dancem o fox trot ou funk da favela. Sejam verdadeiros comandantes da dança. Não importa.