O pasteleiro aparece atrás do balcão com um belíssimo bolo branco e pergunta à dona "o que é para pôr". Ela agarra-o pela braço, encaminha-o para a parte de trás do café como que se tivesse vergonha do pasteleiro. Dou o meu primeiro gole de café para conseguir ouvir a conversa.
"O bolo tem de ser azul e com muitas estrelinhas, a miúda adora estrelinhas."
"Sim, mas quantas?"
"Doze...assim em círculo, 'tás a ver?"
Naquele momento, Tsipras enche a televisão pendurada num canto e começa a falar, parece muito sério. Não dá para ouvir nada, o som está cortado. Ainda tenho um restinho de café no fundo da chávena, agito-o e dou o meu último gole. A mulher atende o telefone e aperta a cana do nariz com o indicador e o polegar. Corre atrás do balcão, abre a porta de vai-e-vém e berra lá para dentro.
"Afinal, são onze estrelinhas."
"O bolo tem de ser azul e com muitas estrelinhas, a miúda adora estrelinhas."
"Sim, mas quantas?"
"Doze...assim em círculo, 'tás a ver?"
Naquele momento, Tsipras enche a televisão pendurada num canto e começa a falar, parece muito sério. Não dá para ouvir nada, o som está cortado. Ainda tenho um restinho de café no fundo da chávena, agito-o e dou o meu último gole. A mulher atende o telefone e aperta a cana do nariz com o indicador e o polegar. Corre atrás do balcão, abre a porta de vai-e-vém e berra lá para dentro.
"Afinal, são onze estrelinhas."