Oscar Araripe
I
Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico.
Enquanto isso o sabiá
vive comendo o meu fubá.
Ficou moderno o Brasil
ficou moderno o milagre:
a água já vira vinho,
vira directo vinagre.
II
Minha terra tem Palmares
memória cala-te já.
Peço licença poética
Belém capital Pará.
Bem, meus prezados senhores
dado o avançado da hora
erra e efeitos de vinho
o poeta sai de fininho.
(será mesmo com dois esses
que se escreve paçarinho?)
António Carlos Brito