sexta-feira, julho 08, 2005
Amor e favas contadas
Da Vinci
Não adianta muito adiar as coisas, sabes disso. As tuas roupas, os teus fatos italianos, todos os teus trastes sem serventia ainda estão lá em casa. É simplesmente infantil quereres prolongar aquilo que já anda moribundo há meses. Estamos a rogar por um tiro de misericórdia e ninguém tem tomates para o fazer. As tuas chamadas a meio da noite são demasiado más para serem verdade. Esqueceste que tenho de ganhar a vida e trabalhar no dia seguinte. Nunca me deste valor por aquilo que sou e por aquilo que consegui. Dizes que ganhas mais num mês do que todos os meus amigos juntos. Impinges a tua propaganda aos médicos e beija-lhes o cu, é o que é.
Que eu fique entrevada para o resto da minha vida: podes fazer uma rodinha no calendário, meu querido. Acabou-se.
Para a Margarida Rebelo Pinto, com amor...