Quando despedimos o Ego e sus muchachos (ilusões, fantasmas, pensamentos, crenças, fantasias, dúvidas, etc.), eles estrebucham um pouco, fazem um pequeno escândalo, mas lá se vão embora. Fazemos isto centenas, milhares de vezes.
No entanto, eles acabam por voltar no dia seguinte para nova inserção no mercado de trabalho da Mente. Tensão, nervosismo, ansiedade, bzzzz, mau ambiente na sala. Só que, desta vez, o senhor Ego está ligeiramente mais débil por tentar demasiadas vezes assumir o controlo das operações; a verdade é que já não temos muita paciência para as suas veleidades e flutuações de humor. O grande mentiroso é exposto.
Vamos deixá-lo sentar-se naquela cadeirinha de vime, o senhor Ego está a falar sozinho novamente, não tarda nada está a ressonar.
Ou então, talvez...talvez, vamos dar-lhe toda a nossa atenção. Vamos sentarmo-nos à sua frente e escutar o que tem para dizer, sem meias doses, sem desvios, sem contemplações, por mais aterrador que isto possa parecer.
"Ok, dá o teu melhor, diz o que tens a dizer, estou aqui para ti."
O melodrama do nosso relacionamento com o Ego poderá transformar-se numa comédia.