Na república popular do meu quarto
Rembrandt
na república popular do meu
quarto arranca o turno da noite, os
santos estivadores repõem os
dedos da minha infância que se
espalham pelo parquet riscado,
descarregam desastrados os
olhos inquiridores da
minha avó aos pés da cama,
sustêm a respiração enquanto
pegam em mim e viram o
meu corpo amarrado.
o gato observa tudo istoincrédulo - segue-os até à
cozinha como um aligator,
como um vivace de Bach.