O "meu" gato (baptizei-o de Ozzy se querem mesmo saber) só entra no escritório quando estou a ler algo bom. E quando escrevo bom, refiro-me a Flannery O'Connor, Rabelais, Dickens (nem todos), Hrabal ou qualquer obra de Christian Rosenkreuz. Folheava ontem as "Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreuz" (apenas porque gosto de ler sobre rituais de iniciação) e o gato senta-se no meu colo quase a pedir-me para ler em voz alta. Os rosacrucianos acreditam na reencarnação, talvez o gato esteja muito interessado em saber mais sobre a temática. Uma outra obra que aborda a reencarnação é "A Bela Adormecida" de Perrault que, como é sabido, não escreveu as fábulas ao acaso. Nem os Grimm. Nem o La Fontaine. Muito menos o Carroll.
O Ozzy senta-se sobre a "A Bela Adormecida" e usa-o como um pequeno tapete de ritual onde parece meditar sobre a condição humana (até, naturalmente, escutar o ruído característico do saco da ração a ser aberto).
O Ozzy senta-se sobre a "A Bela Adormecida" e usa-o como um pequeno tapete de ritual onde parece meditar sobre a condição humana (até, naturalmente, escutar o ruído característico do saco da ração a ser aberto).