Em algumas peças de bordado, o lado que fica escondido é bastante diferente do lado que fica visível. Na frente, tudo é simétrico, colorido, bonito. Atrás, nem sempre é assim.
A minha professora de Têxteis dizia-nos que o lado tapado, a parte escondida da peça, deveria ficar o mais semelhante possível ao lado exposto, à parte para decoração.
Todos temos um elemento de duplicidade. O tempo acentua essa duplicidade até ficar insuportável.
Nem tudo é suposto estar na frente.
A uma determinada altura, vemo-nos obrigados a virar o lindo pano bordado e ver o que temos oculto, a parte menos bonita. Creio que aprendemos sempre algo com as pontas de fio soltas, com o "feio". Julgo que, deste modo, ficamos finalmente conscientes da peça toda. Poderá levar algum tempo, no entanto.
A minha professora de Têxteis dizia-nos que o lado tapado, a parte escondida da peça, deveria ficar o mais semelhante possível ao lado exposto, à parte para decoração.
Todos temos um elemento de duplicidade. O tempo acentua essa duplicidade até ficar insuportável.
Nem tudo é suposto estar na frente.
A uma determinada altura, vemo-nos obrigados a virar o lindo pano bordado e ver o que temos oculto, a parte menos bonita. Creio que aprendemos sempre algo com as pontas de fio soltas, com o "feio". Julgo que, deste modo, ficamos finalmente conscientes da peça toda. Poderá levar algum tempo, no entanto.