Em 1957, Brother Antoninus (aka William Everson) comprou um polígrafo usado num flea market de São Francisco. De acordo com a sua biografia autorizada, o poeta de Sacramento recorria ao polígrafo antes de consolidar a versão final dos poemas. Se a máquina da verdade acusasse algo durante o seu recital inflamado, Antoninus queimava os seus versos para depois reescrever e medir novamente a veracidade do texto. Brother Antoninus, admirador confesso de Walt Whitman, viria a destruir o polígrafo quando resolveu ler "Leaves of Grass" a um grupo de beatniks. A máquina assinalou vinte e quatro irrefutáveis registos ao longo do depoimento lírico consagrado a Whitman.
terça-feira, outubro 15, 2013
Polígrafo
Em 1957, Brother Antoninus (aka William Everson) comprou um polígrafo usado num flea market de São Francisco. De acordo com a sua biografia autorizada, o poeta de Sacramento recorria ao polígrafo antes de consolidar a versão final dos poemas. Se a máquina da verdade acusasse algo durante o seu recital inflamado, Antoninus queimava os seus versos para depois reescrever e medir novamente a veracidade do texto. Brother Antoninus, admirador confesso de Walt Whitman, viria a destruir o polígrafo quando resolveu ler "Leaves of Grass" a um grupo de beatniks. A máquina assinalou vinte e quatro irrefutáveis registos ao longo do depoimento lírico consagrado a Whitman.