Há um gato ordinário que me corteja a partir da sua marquise do velho prédio da frente. No telhado, as crias das gaivotas caminham desajeitadas, espalhando penas pelo ar enquanto soltam pequenos guinchos.
Dois namorados despedem-se demoradamente, cá em baixo, na rua. Afastam-se por fim, ela olha para trás, mas ele segue em frente.
Na minha pequena varanda, apanho os últimos raios de sol desta boa tarde e sorrio sem motivo.
Aguardo visitas. A limpeza da casa pode ficar para depois.