Acordo. Adormeço, acordo outra vez. Salto da cama como um boneco de mola. Dou à corda antes de sair. Jogo à macaca no pátio da firma. Os meus colegas batem-me palminhas. Regresso a casa e corro. Tento ser mais rápido do que os meninos do remo que vogam no meio do douro.
A lua é cheia, mas a noite é vazia. Ouço homens do lixo e cães vadios a ladrarem. Jogo sozinho às escondidas na minha toca. Canso-me. Tenho um cubo mágico no lugar do coração que não pára de rodar. O lobo conta 96 carneiros e adormece por fim.