quarta-feira, maio 31, 2006

Vênus


Não tenho braços tal como a Vênus de Milo

Viro-me com alguma dificuldade e indolência
E não consigo ver as outras estátuas atrás de mim
Meus lábios de pedra, selados por castigo

Quero gritar como todas as mulheres
mas deus e a cidade não deixam.

Entre as minhas pernas
Tecidos rugosos cobrem
Desejo e frustação

O mais forte vencerá no fim.