segunda-feira, fevereiro 20, 2012
sexta-feira, fevereiro 17, 2012
Os bailarinos da dança da pança
Se os indicadores encaixassem perfeitamente nas covinhas das costas da filha mais velha do xeique, o viajante seria bem-vindo na tenda do meio que mais parecia um enorme pássaro branco. Era a única mulher autorizada a entrar naquela tenda. O viajante teria de lhe entregar um alforge com leite de cabra como forma de agradecimento e de reconhecimento. Acomodava-se à sua vontade e era-lhe servido chá, pão com tâmaras e depois vinho em abundância. Homens de tribos rivais, de diversas etnias, oriundos dos sítios mais remotos do grande deserto, comungavam ali uma paz temporária. O anfitrião levantava-se e batia palmas para iniciar o tão aguardado espetáculo. Os músicos começavam a bater furiosamente nos derbakes e os bailarinos entravam em cena. Não deveriam ter menos de quarenta anos. Estes homens de barba rija faziam dançar admiravelmente o seu ventre generoso para enorme júbilo dos presentes. As reverências e os velhos rancores seriam esquecidos nessa noite.
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
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