quinta-feira, março 23, 2006

O meu amigo

Ontem à noite, passei um semáforo vermelho, porque estava a pensar dentro do meu próprio carro. A pensar, veja lá. Irresponsável.
Mas não se preocupe, não há vítimas a registar, excepto eu.

Já em casa, cheguei à brilhante conclusão que nunca irei ser um tipo racional e inteligente como o meu caro e solitário amigo. E, como pode muito bem constatar, este blog é a prova disso (eu sei que, na realidade, o meu amigo queria cavalgar para aqui).

Ainda guardo um iô-iô fluorescente (lembra-se) e uns malabares para me distrair (não concentrar), posso emprestar-lhe, se quiser. É o máximo que posso fazer pelo transtorno causado. O meu ascendente em Libra permite-me ter uma enorme empatia pelo próximo, e sei exactamente o que lhe passou pela cabeça quando viu este blog.

«Publicar postagem», clique.

quinta-feira, março 16, 2006

Café


Willi Baumeister

Foi inesperado. Enquanto mexia o açúcar no café, o meu pai perguntou-me o que é que eu tinha.
- Não tenho nada, pai.
- De certeza? Ultimamente vejo-te um pouco cabisbaixo.
- Já disse que não tenho nada. Olha, e tu tás melhor?
- Tou... só te digo isto, não te arrependas como tantas vezes já te arrependeste das coisas que fizeste e daquelas que deixaste por fazer.
- ...
Estive mesmo para dizer que tinha um blog, e que já não havia nada a fazer, mas não disse. Matei logo a conversa.
E arrependi-me.
Outra vez.

segunda-feira, março 13, 2006

Como disse?

"Não é o medo da loucura que nos vai obrigar a hastear a meio-pau a bandeira da imaginação."

Andre Breton

terça-feira, março 07, 2006

Dos defeitos

Confesso que tenho apenas três defeitos - o primeiro é predefinido (por defeito), os outros dois existem por força das circunstâncias:
a) não sou mulher - ler "suficientemente" sublime e manipulador
b) sou cristão, apoio J.C. em toda a sua linha, mas encontro-me em fase de desmame
c) ainda não tenho filhos.

Tenho a certeza que vou fazer mais sentido quando conseguir ultrapassar estes defeitos.

domingo, março 05, 2006

Na cova dos leões









Rubens

Se Ele livra e salva, porque é que não é tenho a mesma sorte de Daniel quando esteve na cova dos leões?
Os bichos não me devoraram, lamberam-me os pés e sorriram para mim trocistas.
A minha carne será assim tão fraca?