Um amigo de um amigo de um amigo disse-me que tem dias que é assolado por medos muito bizarros e extraordinários. Esse amigo do amigo do amigo é muito aberto e não tem pudor algum em revelar estas pitadas de "inconsciente consciente" e tem até algum orgulho em ser o detentor de tantos medos e dúvidas infundadas. Alguns perdem a validade muito cedo, outros duram mais tempo - como o mel ou o Keith Richards dos Stones.
Mas chega de conversa fiada!
Eu sei que o leitor deseja saber ardentemente quais são estes medos deste sujeito intrigante. Pois aqui vão alguns:
- Medo que o coração deixe de bater.
- Medo de deixar de respirar.
- Medo de ficar louco (ele acha que este medo é exclusivo, mas está tão enganado)
- Medo de ser capaz de voar e não arriscar
- Medo de achar que poderá não existir nesta dimensão em que nos encontramos.
- Medo de ver fantasmas e pinguins em Portugal
- Medo de escrever "etc".
- Etc.
Querem saber o que é que eu acho realmente?
O amigo do amigo do amigo não nos revelou, mas creio que o maior medo que este sujeito intrigante possui é este:
- Medo de amar e ser amado.
É um medo legítimo. É um medo muito humano e que nos une de certa forma.