segunda-feira, maio 30, 2011

In My Dreams, de "Hombre Lobo"
Eels

sexta-feira, maio 20, 2011

Seres Imaginários e Mitológicos da Lapónia - I parte


O Bahááhpecizaš (ou "alle alle diabrete") é uma pequena ave mitológica que faz o ninho na cabeça dos lenhadores que adormecem à sombra de lariços ou pinheiros. É considerado um bom agoiro, sobretudo para lenhadores casados ou comprometidos. Estes têm por hábito guardar os ramos ou tufos do ninho numa caixa de pinho para que as suas mulheres lhes sejam sempre fiéis.


Se um lenhador perdido na floresta encontrar um Lulli Vuovderuoigu, bem pode saltar de alegria. O Lulli Vuovderuoigu ("cabrito-montês virado para o sul") indica sempre o Sul, tal como um pointer aponta para a presa. Há, porém, relatos de lenhadores que nunca mais foram vistos, talvez porque confundiram o Lulli Vuovderuoigu por um vulgar cabrito-montês. O animal mitológico ostenta uma distinta mancha branca em forma de L entre os chifres, enquanto que o vulgar cabrito-montês poderá exibir outras letras do alfabeto, mas nunca um L. O índice de analfabetismo dos lenhadores é um dos mais elevados na Lapónia.


Diz-se que a Ávlu Veahttačáhceguolli é a última encarnação da alma de uma bela jovem que cantava tristes melodias. O seu amante partiu rumo às grandes florestas do norte para nunca mais voltar. Um dia, a jovem não suportou o desgosto e atirou-se ao rio. O seu corpo nunca mais fora resgatado. A Ávlu Veahttačáhceguolli ("truta castanha que canta") salta para as pedras do rio e canta melodias de caixinha de música na esperança que apareça o seu jovem amante. Esta lenda deu origem aos famosos e curiosos "singing fish", artigos de decoração populares no norte da Europa e na América do Norte.


O Beana Bearjadat tem o pêlo preto e macio, e um focinho que parece estar sempre a sorrir. Apesar de roerem as botas de trabalho, os lenhadores gostam muito deste imponente cão mitológico. Aparece sempre às sexta-feiras, pelo crepúsculo, indicando o fim de uma semana de trabalho. É acarinhado pelos lenhadores, que têm por hábito deixar-lhe carne de rena seca na véspera. Antigamente, se o fabuloso cão não aparecesse, tal significaria que o patrão iria pedir ao lenhador contratado para trabalhar durante o fim-de-semana, o que - provavelmente - irritaria o lenhador.

quarta-feira, maio 18, 2011

Post em jeito de tweet:
ando a investigar no terreno a mitologia e as fábulas dos lenhadores do norte (inclui Lapónia ou Lappi em suomi) e centro da Finlândia.



Teaser em jeito de spoiler:
"O Gulo gulo atinge a maturidade sexual ao fim de um ano e pode acossar lenhadores incautos que tenham maus hábitos higiénicos. As típicas camisas de flanela axadrezadas indicam ao felpudo Gulo gulo que o lenhador não está receptivo aos bestiais intentos da criatura."

segunda-feira, maio 09, 2011

quinta-feira, maio 05, 2011

O melhor método




Schiller mantinha uma cesta de maçãs podres debaixo da secretária, pois gostava de sentir o seu cheiro quando escrevia poesia. Vítor Hugo entregava todas as suas roupas a um empregado, admoestando-o para NÃO lhe devolver a roupa até que ele (Hugo) terminasse o seu trabalho diário. Orhan Pamuk costumava despedir-se da mulher de manhã como se fosse para o emprego. Saía, caminhava alguns quarteirões e depois regressava a casa como se estivesse a chegar ao escritório. Devo dizer que tentei os métodos destes mestres e nenhum deles resultou, nem mesmo o do contramestre Raymond Queneau que, antes de se propor a escrever, tinha por hábito trincar às escondidas cebolas bravas em elevadores. "Se o elevador tiver grades corrediças, tanto melhor", dizia. "O abrir-e-bater violento das grades ajuda-me a pontuar, a arrebanhar orações (...) E se as pessoas me perguntam porque é que estou a chorar, descrevo uma novela medíocre que será o ponto de partida para a excelência que vou escrever".

segunda-feira, maio 02, 2011




Desenho do Mig para o texto "A Partida de Ténis".