terça-feira, abril 26, 2011




















Pedro e a lobotomia

segunda-feira, abril 25, 2011

25 Abril

Há uns tempos a esta parte que a celebração do 25 de Abril no Porto (e por esse país fora, decerto) tem sido para maiores de 55 anos. Os organizadores barram furiosamente a entrada a adolescentes, jovens adultos, etc. Excepto, claro, se forem pobres ressacados, palhaços a fazerem balões ou turistas acidentais que não sabem muito bem o que está a acontecer. Somente os velhos têm direito a assistir às comemorações de Abril na "praça da Liberdade". Nem sequer há MILFs, o que sempre dava um colorido à coisa. Há uns tempos a esta parte que o resto da população optar por ficar ordeiramente em casa, na praia ou nos shoppings a desfrutar do A/C e da liberdade mais do que adquirida.
Definitivamente, o 25 de Abril, não de um mas de vários capitães, já não ganha campeonatos há algum tempo. A memória do povo é muito curta e ingrata.

sexta-feira, abril 22, 2011

Spock




















Rauschenberg/Spock


O actor Leonard Nimoy não existe. É uma bem sucedida personagem interpretada por Spock, o vulcano. Spock é um Observador-Mor enviado há cerca de 150 anos pelo "Conselho Superior das Nações Unidas" do seu planeta. Spock já foi repreendido várias vezes pelos seus superiores por ter interferido no seu objecto de estudo ao longo da missão. Foi Spock quem segredou a palavra "sociologia" ao ouvido de Max Webber (e de Durkheim, talvez) estendendo a toalha à Perspectiva Simbólica Interaccionista ("os selfs são produtos sociais", etc.). Há ainda quem sustente que Spock não é mais do que um experiente Batedor que tem vindo a preparar terreno para uma expropriação da Terra por parte do seu povo. Nos anos 60, Spock optaria por adoptar uma imagem menos rígida, talvez influenciado pelo espírito da época. Tornou-se amigo de Rauschenberg, imiscuindo-se subtilmente em algumas produções do artista norte-americano que nunca reconheceu a sombra do vulcano no seu trabalho. No entanto, Spock viria a tornar-se conhecido pelo grande público através de uma outra arte.

terça-feira, abril 12, 2011

segunda-feira, abril 11, 2011



via, 2ªvia

sexta-feira, abril 08, 2011

A Verdade Profana


O Cisma do Extremo Ocidente

As preces do poderoso lobby dos emigrantes no Luxemburgo foram ouvidas. O Colégio dos Cardeais elegera finalmente um papa português. O povo rejubilou de alegria e o governo decretou três dias de festejos. Por quem os sinos dobram? Pelo novo papa que é português. Até a sineta da mais pequena capela reboou até estalar a última orelha do último aldeão. Até a Sininho de Pedro Pah tilintou de felicidade, embora ninguém conseguisse escutá-la, nem mesmo Pedro Pah, pois já contava com uma idade avançada. Mas logo a alegria se transformou em tristeza, de imediato os sorrisos se converteram em lágrimas como se os olhos das pessoas tivessem sido espremidos em espremedores de citrinos. O recém-eleito papa, Gregório XXX, tinha um irmão gémeo que também era ministro de Deus, o qual, furioso com o orgulho e a ingratidão do seu irmão de Roma, se auto-proclamou anti-papa do alto da torre da sua igreja matriz. Fragmentino I obteve o apoio importante dos leigos em part-time e dos catequistas a recibos verdes, prometendo-lhes contratos a termo e descontos para a caixa. O mundo católico dividiu-se, a unidade cristã foi quebrada. Passaram cinquenta anos sem que nada assim de relevante tivesse acontecido. Por fim, os dois irmãos papas chegaram a acordo naquele que ficou conhecido como o Concílio dos Papas de Sarrabulho.
(...)

"A Verdade Profana", Guisa Cruel Milho

segunda-feira, abril 04, 2011

Reflexão epistemológica

Este blogue já tem um tempinho; dura muito porque é feito em aço inox-304 e, por isso, posso meter água de vez em quando. Mas a que propósito vem este desabafo? Vejo muitas coisas feias enrebuçadas em capas e contra-capas brilhantes nos escapagates*. Portugal precisa rapidamente da intervenção do FLI - Fundo Literário Internacional. E quem me dera ser capitão-de-fragata. Volto já com um texto ofuscante.

* gosto de dizer esta palavra à moda de Setúbal.